quarta-feira, 11 de maio de 2011

Aonde estou?

Estivera eu, absorta, nas aulas de LPL. A professora dizia algo sobre a introdução à literatura, confesso, realmente não estava atenta. Entretanto, algumas palavras soaram sobre meus ouvidos: realidade e ficção. A partir de tal ponto, comecei a me questionar mais ainda. Aliás, como saber o que é real? Cada qual tem sua perspectiva, sua visual opinião. Simulações. Fingimentos. Fantasias. Criações. Não consigo acompanhar uma visão correta ou incorreta do mundo, não consigo adequar-me a conceitos. Não sei mais quando estou em mim, quando estou sonhando. Será mesmo que Deus existe ou é só uma fantasia ilusória criada por uma mente influente à sociedade? Quais são os limites da barreira entre pensamento e ação? Há limites?
Vejo meus caros professores, ensinando inspiradamente apaixonados. Eles, talvez, encontraram uma razão pela qual são realizados seus ideais. E tentam fazer-nos apaixonar também. Porém, cada um tem sua paixão própria.
E é aí que entro em conflito comigo mesma. Posso ver, posso sentir a paixão alheia. Mas não me interesso. Não  consigo focar-me em algo, ter prazer em fazê-lo. Creio, que as pessoas se sentem fortes quando dominam sua paixão, ou quando a paixão os domina. Todavia, só me senti realmente forte, uma única vez. Quando, em uma madrugada, atravessei um rio de uma reserva ecológica, sem lanterna, a mercê de uma linda Lua. Senti-me poderosa, estava me superando, engolindo os medos. Fizera isso por um ideal, buscar um amigo e trazê-lo até nosso acampamento. Será que, então, minha paixão é superar-me? Afinal, quais são os limites? Existem limites? Me digas, se puder: poderei sobreviver pela minha paixão? ou serei obrigada a ser infeliz para sobreviver?
Nunca consegui entender certos sonhos de terceiros. Estudar para ter um bom emprego, para comprar uma casa, para se casar. E depois? Cuidar dos filhos, para que cresçam com saúde e busquem seus ideais. Mas os ideais são sempre impostos pelos antigos, pelos grandes. Você cresce seguindo preceitos. E se, por acaso, sair da regra, você é julgado, expulso. És reprimido e oprimido. Mas diga-me, por favor, o que há em pensar diferente? O que há em estar perdido? Sim, quero me achar, quero me apaixonar.
Estou apenas existindo, não estou vivendo. A vida vale muito para apenas existir, temos que viver e aproveitar. Mas o que é viver? Se viver for seguir os preceitos impostos pela sociedade, fingir que é apaixonado. Não quero viver. É preciso focar-se em algo, para crescer. Oh céus, lá vem mais ordens, conselhos, regras, preceitos. Ninguém pensa por ninguém, todos seguem a tradição, sem ao menos se questionar se é bom, se é correto. Certo, cada um tem sua perspectiva, mas todos seguem a tradição, e ao menos, sabem quem "criou"-a.

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