quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

É tão bom ler suas mensagens todos os dias, meu amigo, assim não me sinto tão só.
Sei que estas comigo sempre, mesmo longe.
Tão longe.
Perdoe-me pela ausência de mensagens e pela ausência, de fato.
Sinto sua falta.
Por tantas lembranças de dois mil e dez, deixei de viver muito este ano. Não me doei, não amei nem perdoei o tanto que merecia nem o tanto que deveria. Chega a dar náuseas saber que foi em vão meu décimo quinto ano de vida. Saber que eu poderia ter me aplicado mais, ter ido além dos olhos humanos. Poderia ter aberto a alma e deixado a paz irradir. As conquistas não foram merecidas, não houve o mínimo esforço para nada, nem na tropa. Não espero muito do ano que virá, estou descrente do mundo. Decepcionada, talvez. Porém, nada certo, não há desejos reais. Mesmo assim, que meus dezesseis anos que irão se completar em breves meses, sejam repletos de superações e afins. Que sejam de conquistas merecidas, mesmo que sofridas. Que haja mérito em minha luta, honrando o próprio nome e legado.
Atualmente, vejo as orações quão nuas, quão vazias. Talvez, eu mesma esteja vazia. A paz esquece-se de me habitar, há semanas. Uma vida sem rumo, beirada de desesperos. Lembranças vêm a tona, com um ar sedutor, juntamente com a doçura da dor. Os ventos levaram-me os tempos oportunos, agora pois, me vejo deitada, digitando um suspiro. Converso com minhas entranhas se não seria glorioso, o último suspiro. Uma carta de despedida aos caros companheiros, de uma cansativa e curta caminhada. Afinal, são os tão poucos quase dezesseis anos.

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