domingo, 15 de janeiro de 2012

Nada é para sempre, e muito menos, por acaso!

E ele foi embora.
Foi mas deixou um sorriso torto.
Foi estranho, foi bom.
Sempre ouvi dizer que em casa de primo acontece alguma coisa bacana, e é verdade. Só que desta vez, não foi exatamente na casa ou apartamento. Lá vai a garota andar de skate depois de tanto tempo, não vira nem a esquina e já se ralou toda. Faz parte. Tudo segue em ordem. Chegando na praia, uma bela noite prazerosa e nada incomum. Um bando de desconhecidos, tão chegados. Chegados ao ponto de não sentir desconforto algum por estar com desconhecidos. Um momento após, um garoto puxa seu longboard e senta-se ao lado dela. Com um sorriso singelo, comenta sobre pessoas que estão rindo na praia, ou melhor, caindo na areia da praia. Mera conseqüência de slackline. Alguém passa o celular e pede pra trocar a música, e ao som de Scracho as coisas começam a fluir num ritmo mais agradável. Lembranças do último show da banda. Frases soltas, risadas boas. Então, silêncio e aquele olhar profundo. A pele do rosto começa a corar e "Pronto, ferrou!". Desvio de olhares, alguém de fora puxa algum assunto e quebra o desconforto do clima. Mais música, agora ao som de Forfun. Então vem a brisa do mar, e a brisa em si. Eram quase 3 horas da manhã, e hora de voltar para casa. Certo? Seria certo, até uma viatura policial parar e mandar todo mundo encostar. Claro, é de lei. Agora sim, voltando ao apartamento. Breves despedidas, divisões de caminhos e restam: ela, ele e a prima. A louca andando de skate a frente, e os dois abraçados logo atrás. Foi um abraço involuntário porém muito aconchegante. Ele trocou o longboard de mão e passou o braço pelos ombros dela. Ela tentou esquivar, mas ali estava bom. Ela sorriu, sozinha, enquanto ele cantarolava coisas que ela nem se deu ao trabalho de escutar. Quando olhou para ele, viu seus olhos brilhando e disse "São verdes, né?" "São sim, meu amor"... ESPERE, meu amor? Sim, ele disse isso para uma garota que conhecia há quatro horas. E ela riu alto. Após deixa-las na garagem do prédio, e passar a ID das redes sociais. Ele lhe dá um abraço, apertado, gostoso, e quente. Diz que sairá as 22h do trabalho e se possível, gostaria de encontrá-la no mesmo local.
No decorrer do dia, as coisas não caminharam quão boas quanto a madrugada e ela nem se quer o viu novamente. E já no dia seguinte, voltou para sua própria casa. Dessa vez, sem prima. Quando abriu o facebook, tinha uma mensagem dele passando o messenger. Logo após adicioná-lo, ele chama-a e pergunta se ela ainda está na cidade pois queria vê-la. Mas ela não estava mais. Ele se despediu rapidamente, pois iria trabalhar dali a pouco e disse "fiquei louco para te beijar >.<". Ela sorriu e lembrou disso no restante do dia.

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