E eu só queria uma companhia para as tardes tediosas de domingo. Alguém para discutir sobre o livro novo que estou lendo ou sobre o próximo curso que farei. Uma companhia para filmes em dias chuvosos, alguém para planejar o próximo fim de semana. Uma companhia nas ligações das noites de insônia, alguém para dividir o último chiclete. Uma companhia para ir à missa, alguém com quem passar horas sentada na calçada jogando conversa fora. Alguém para encher-me de preocupações bobas. Alguém que compartilhasse o dia-a-dia e que eu pudesse ajudar, ou tentar, a resolver problemas que não fossem meus. Uma companhia para tirar fotos significativas, alguém para gargalhar sem motivo algum. Uma companhia para almoçar e caminhar sem rumo num dia enjoativo. Uma companhia que compartilhasse minhas loucuras, alguém que me surpreendesse. Alguém que fique perto. Juro que não reclamaria das manias e chatices desse alguém, eu até gosto disso.
É uma pena que alguém assim, não se encaixe em minha rotina. Aí, fico eu, reclamando de tanta carência. Afinal, é a vida. Não?
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