sábado, 13 de julho de 2013

Yourself

Eis que me deparo comigo mesma. Aqui, tão só quanto me é permitido. O pensamento longínquo e sem rumo. Me encontro solitária. Não sozinha, raramente já me vi sozinha. Porém, só estou. Só e sem contemplo. Solitária e ausente. Ausente de um pedaço de minh'alma. Pedaço este que não conheço e muito menos tenho o saber de ondes foi esconder-se. Há a falta deste pedaço. Um suspiro profundo e me perco entre as palavras pensadas. Palavras estas que nunca sairão de minha boca. A solidão me tornou assim, me trancafiou. Minhas palavras correm e saltam, todavia, estão presas em minha cabeça. O máximo que faço é passá-las para uma página em branco. Tais palavras não são soltas ao vento, não podem ser soltas. Meus pensamentos são tão meus que assustam. Eis-me aqui, solitária em uma madrugada de sexta-feira/sábado. Eis uma jovem que não saboreia a vida. Talvez porque saiba que nada pode esperar desta, talvez porque saiba que logo vai desvairar-se. Eis-me só, com medo e aprisionada. Eis-me dentro de mim mesma.

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